Também o texto nós traz uma realidade camponesa com uma temporalidade entre passado/presente incrível. Porque nós lembramos o ontem, pré-ditadura e hoje, a criminalização que se converge em um mesmo período histórico quando analisamos a conjuntura em que estamos vivendo a escravidão, mas de forma camuflada, e uma superexploração do trabalho e a concentração de terra. A peça encara a batalha retórica em torno do significado da justiça, do início ao fim, e procura o pressuposto ideológico da validade universal dos princípios liberais burgueses. Pelas relações de poder estabelecidas entre as autoridades oficiais, em que o representante do governo da comarca detém forte ingerência nos rumos do julgamento a primeira e última fala da peça são dele, a arbitrariedade da justiça a favor dos poderosos é evidente desde o início da obra. No decorrer da peça encontramos alguns focos temáticos pelo qual se caracteriza todo enredo teatral histórico do início ao fim. 1º foco: a propriedade da terra: é de quem grila ou de quem nela trabalha? 2º foco: a função social da terra; produzir alimentos pro povo ou produzir pra exportação? 3º foco: convencimento, tomada de consciência da realidade. Os trabalhadores/as são maioria. 4º foco: legalidade: os vícios da vida são todos sujeitos políticos delegados, prefeito, candidato, padre, jornalista, governo, juiz. E o direito ao trabalho? Dos trabalhadores? Hoje em dia a lutas não são diferentes, porém com outras dimensões porque os problemas a cada dia têm surgido e tem atacado a trabalhadora de modo em geral, ‘porém agora a questão agrária também está diretamente relacionada com os trabalhadores que moram na cidade e com a classe média. Pois a forma do agronegócio produzir agride o meio ambiente, produz apenas alimentos contaminados, provoca êxodo rural e o aumento das favelas, afeta o clima e as condições de vida de todo mundo. Outra questão que a peça nos traz é a criminalização e discriminação dos movimentos sociais através da mídia no geral onde só aparecem falando mal dos trabalhadores. Encontramos também dentro da peça um surgimento de uma organização dos trabalhadores que cresceria na frase (“essa gente não pára nunca”). Em Mutirão em novo sol, encontramos o presente e o passado de forma intercalada, e cada cena presente enfoca cenas passadas, alguns dos argumentos proferidos no presente têm no passado sua razão.
INTEGRANTES
O Coletivo Terra em Cena é uma articulação de coletivos de teatro e audiovisual que atuam em comunidades da reforma agrária e quilombolas e em meio urbano. É composto por professores universitários da UnB e da UFPI, e da rede pública do DF, por estudantes das Licenciaturas em Educação do Campo da UnB e da UFPI/Campus de Bom Jesus e por militantes de movimentos sociais do campo e da cidade. O Terra em Cena se configura como programa de extensão da UnB, com projetos de extensão articulados na UnB e na UFPI, e como grupo de pesquisa cadastrado no diretório de grupos do Cnpq. Um dos projetos é a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF (ETPVP-DF) que integra a Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político e Popular Nuestra America.
sábado, 26 de maio de 2012
Protocolo - Mutirão em Novo Sol (Gideão Gomes Pereira)
Universidade
de Brasília-UNB
Faculdade
de Planaltina-FUP
CURSO DE GRADUAÇÃO LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
LEDOC II
TURMA: ANDRÉIA PEREIRA DOS SANTOS
DOCENTES: Rafael Villas Bôas, e Rayssa Aguiar
EDUCANDO: Gideão Gomes Pereira
Matricula:
10/65360
PROTOCOLO
Mutirão
em Novo Sol
Formosa, 05 de janeiro de 2011.
Mutirão
em Novo Sol
Na peça encontramos uma luta de
classe a qual a sociedade tem enfrentado constantemente. O que está em jogo é a
classe trabalhadora contra os grandes latifúndios, os trabalhadores lutando por
um pedaço de terra, enquanto a burguesia luta por ter cada vez mais o domínio
de terras. A luta que é demonstrada na peça pelos trabalhadores, não é
diferente das que hoje são enfrentadas pelos militantes trabalhadores dos
movimentos sociais em prol da terra, a ponto de muitos já terem perdido suas
vidas.
Também o texto nós traz uma realidade camponesa com uma temporalidade entre passado/presente incrível. Porque nós lembramos o ontem, pré-ditadura e hoje, a criminalização que se converge em um mesmo período histórico quando analisamos a conjuntura em que estamos vivendo a escravidão, mas de forma camuflada, e uma superexploração do trabalho e a concentração de terra. A peça encara a batalha retórica em torno do significado da justiça, do início ao fim, e procura o pressuposto ideológico da validade universal dos princípios liberais burgueses. Pelas relações de poder estabelecidas entre as autoridades oficiais, em que o representante do governo da comarca detém forte ingerência nos rumos do julgamento a primeira e última fala da peça são dele, a arbitrariedade da justiça a favor dos poderosos é evidente desde o início da obra. No decorrer da peça encontramos alguns focos temáticos pelo qual se caracteriza todo enredo teatral histórico do início ao fim. 1º foco: a propriedade da terra: é de quem grila ou de quem nela trabalha? 2º foco: a função social da terra; produzir alimentos pro povo ou produzir pra exportação? 3º foco: convencimento, tomada de consciência da realidade. Os trabalhadores/as são maioria. 4º foco: legalidade: os vícios da vida são todos sujeitos políticos delegados, prefeito, candidato, padre, jornalista, governo, juiz. E o direito ao trabalho? Dos trabalhadores? Hoje em dia a lutas não são diferentes, porém com outras dimensões porque os problemas a cada dia têm surgido e tem atacado a trabalhadora de modo em geral, ‘porém agora a questão agrária também está diretamente relacionada com os trabalhadores que moram na cidade e com a classe média. Pois a forma do agronegócio produzir agride o meio ambiente, produz apenas alimentos contaminados, provoca êxodo rural e o aumento das favelas, afeta o clima e as condições de vida de todo mundo. Outra questão que a peça nos traz é a criminalização e discriminação dos movimentos sociais através da mídia no geral onde só aparecem falando mal dos trabalhadores. Encontramos também dentro da peça um surgimento de uma organização dos trabalhadores que cresceria na frase (“essa gente não pára nunca”). Em Mutirão em novo sol, encontramos o presente e o passado de forma intercalada, e cada cena presente enfoca cenas passadas, alguns dos argumentos proferidos no presente têm no passado sua razão.
Também o texto nós traz uma realidade camponesa com uma temporalidade entre passado/presente incrível. Porque nós lembramos o ontem, pré-ditadura e hoje, a criminalização que se converge em um mesmo período histórico quando analisamos a conjuntura em que estamos vivendo a escravidão, mas de forma camuflada, e uma superexploração do trabalho e a concentração de terra. A peça encara a batalha retórica em torno do significado da justiça, do início ao fim, e procura o pressuposto ideológico da validade universal dos princípios liberais burgueses. Pelas relações de poder estabelecidas entre as autoridades oficiais, em que o representante do governo da comarca detém forte ingerência nos rumos do julgamento a primeira e última fala da peça são dele, a arbitrariedade da justiça a favor dos poderosos é evidente desde o início da obra. No decorrer da peça encontramos alguns focos temáticos pelo qual se caracteriza todo enredo teatral histórico do início ao fim. 1º foco: a propriedade da terra: é de quem grila ou de quem nela trabalha? 2º foco: a função social da terra; produzir alimentos pro povo ou produzir pra exportação? 3º foco: convencimento, tomada de consciência da realidade. Os trabalhadores/as são maioria. 4º foco: legalidade: os vícios da vida são todos sujeitos políticos delegados, prefeito, candidato, padre, jornalista, governo, juiz. E o direito ao trabalho? Dos trabalhadores? Hoje em dia a lutas não são diferentes, porém com outras dimensões porque os problemas a cada dia têm surgido e tem atacado a trabalhadora de modo em geral, ‘porém agora a questão agrária também está diretamente relacionada com os trabalhadores que moram na cidade e com a classe média. Pois a forma do agronegócio produzir agride o meio ambiente, produz apenas alimentos contaminados, provoca êxodo rural e o aumento das favelas, afeta o clima e as condições de vida de todo mundo. Outra questão que a peça nos traz é a criminalização e discriminação dos movimentos sociais através da mídia no geral onde só aparecem falando mal dos trabalhadores. Encontramos também dentro da peça um surgimento de uma organização dos trabalhadores que cresceria na frase (“essa gente não pára nunca”). Em Mutirão em novo sol, encontramos o presente e o passado de forma intercalada, e cada cena presente enfoca cenas passadas, alguns dos argumentos proferidos no presente têm no passado sua razão.
Gideão Gomes Pereira
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