INTEGRANTES

O Coletivo Terra em Cena é uma articulação de coletivos de teatro e audiovisual que atuam em comunidades da reforma agrária e quilombolas e em meio urbano. É composto por professores universitários da UnB e da UFPI, e da rede pública do DF, por estudantes das Licenciaturas em Educação do Campo da UnB e da UFPI/Campus de Bom Jesus e por militantes de movimentos sociais do campo e da cidade. O Terra em Cena se configura como programa de extensão da UnB, com projetos de extensão articulados na UnB e na UFPI, e como grupo de pesquisa cadastrado no diretório de grupos do Cnpq. Um dos projetos é a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF (ETPVP-DF) que integra a Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político e Popular Nuestra America.

domingo, 6 de outubro de 2019

Na Semana Universitária campus de Planaltina se torna palco de peças feministas contra o patriarcado e o feminicídio.

V Módulo da ETPVP-DF reúne em 5 dias no campus de Planaltina mais de uma centena de participantes das oficinas e quatro grupos teatrais com peças contra o patriarcado



A realização do V Módulo da ETPVP-DF ocorreu entre os dias 23 e 27 de setembro, no campus de Planaltina da Universidade de Brasília, como parte das atividades da Semana Universitária, que teve ao todo a quantidade recorde de 878 atividades nos quatro campi da instituição.
O V Módulo teve como professoras egressas do curso de Licenciatura em Educação do Campo, como Cassiana Rosa e Adriana Gomes. Cassiana coordenou uma oficina sobre teatro e questão racial. Adriana coordenou a mostra de audiovisual com filmes produzidos em escolas do campo. A estudante de graduação Ana Lêda Dias, uma das coordenadoras do grupo Vozes do Sertão Lutando por Transformação, de Cavalcante (GO), foi responsável pela oficina sobre Teatro Popular e Mineração. O professor Felipe Canova coordenou o minicurso sobre Introdução a Linguagem Audiovisual. As professoras Caroline Gomide, Susanne Maciel e Lyvian Senna foram responsáveis pela oficina Teatro e Feminismo, enquanto a professora Osanette Medeiros e o professor Rafael Villas Bôas ministraram a oficina sobre Teatro do Oprimido no trabalho de base e na educação popular. As estudantes e militantes do Levante Popular da Juventude, Cintia Isla, Vitor Gonçalves, Ângela Amaral e Weslainy Sampaio coordenaram a oficina de Teatro de Agitação e Propaganda, encerrada com uma intervenção de Teatro Imagem no restaurante universitário do campus de Planaltina.
Como a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular e o programa de extensão Terra em Cena tem como objetivo construir redes de produção e circulação teatral e audiovisual, convidamos para se apresentar no V módulo os grupos de teatro formados em escolas públicas da rede de ensino do Distrito Federal: CEF GET 316 de Santa Maria, que reapresentou no campus a peça Romeu & Julieta, o grupo Artocracia Cênica da Escola Parque Anísio Teixeira de Ceilândia, que estreiou a primeira peça do coletivo, Transcorpos, e o grupo Vozes do Campo, do CED Incra 9, de Ceilândia, que apresentou a peça “Até quando?”.
Além disso, um grupo formado por professoras doutoras da matemática, geologia e da química estrearam uma peça cuja proposta é debater as relações sociais presentes no universo da ciência sob a perspectiva das mulheres. O projeto de extensão que elas coordenam, “Mulheres Cientistas: desafios, mitos e resistência cotidiana” (https://www.mulherescientistasunb.com/), se apropriou da linguagem teatral como instrumento para visibilizar as dinâmicas discriminatórias de gênero que secundarizam, ou invisibilizam o trabalho intelectual feminino.
Nas escolas, por ação de professoras e estudantes, cresce o debate sobre as formas de contraposição a violência contra a mulher em suas múltiplas formas de opressão. O teatro aparece como linguagem que potencializa a ação insurgente, nos permitindo ver as configurações do sistema opressivo como uma dinâmica cultural, política e econômica do patriarcado, e nos possibilita ensaiar formas de resistência e combate as opressões.

Rafael Villas Bôas
Coordenador do programa de extensão Terra em Cena e integrante da coordenação da Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF






segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Documentário sobre a Mostra de Teatro Afro Cena em Cavalcante Goiás

A Mostra de Teatro Afro Cena em Cavalcante -  Goiás, aconteceu entre os dias 02 e 15 de julho de 2018 e teve a participação de integrantes do Coletivo Terra em Cena. Segue o documentário sobre a Mostra, vejam!!!





segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Marcia Pompeo, o Terra em Cena agradece por seu legado!



Na sexta-feira, 30 de agosto, recebemos a notícia do falecimento de uma grande companheira de luta e parceira do Terra em Cena, a professora Marcia Pompeo Nogueira, da Universidade de Santa Catarina. Em 2015, tivemos a honra de recebê-la na FUP para ministrar uma oficina e integrar uma mesa redonda do 2º Seminário Internacional de Teatro e Sociedade, compartilhando sua reconhecida experiência de ensino, pesquisa e extensão universitária no campo do teatro em comunidade. 
Nos últimos anos, sua atividade esteve muito ligada à formação de professores e da juventude camponesa em assentamentos da reforma agrária de Santa Catarina, contribuindo com a formação teatral dos movimentos sociais e fortalecendo as lutas do campo. Enquanto professora de uma universidade pública, Marcia teve papel importante na democratização do acesso ao ensino superior para públicos como os camponeses sem terra, por meio das parcerias que fez com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e outros movimentos, envolvendo-os em cursos de extensão universitária  e especialização como as Residências Agrárias. 
De suas mãos surgiam belos bordados, como o que ilustra a capa do livro Ventoforte no teatro em comunidades (2015), habilidade que também pode explicar a sua maestria como grande artesã de saberes para produção de conhecimentos com relevância social e potencial emancipatório. Doutora em Drama pela Universidade de Exeter, Inglaterra, mestre em Artes e graduada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo (USP), impulsionou o debate sobre as práticas teatrais em comunidades no Brasil, tornando-se uma das maiores referencias desta área. Defensora das abordagens dialógicas, com alargado conhecimento da obra de Paulo Freire, articulava os conhecimentos do teatro e da educação aos que eram produzidos pelas lutas sociais, bordando o futuro desejado a partir da constante transformação de si e dos campos por onde transitava.
Marcia Pompeo caminhava com as pessoas e colaborava ativamente para que as práticas teatrais ganhassem formas mais coletivas, capazes de reunir diferenças, suscitar pautas comuns e mobilizar as convergências das lutas por uma sociedade mais justa. Seu legado permanece conosco, materializado em diversas publicações acadêmicas, nos corpos de todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-la e nos resultados do seu trabalho nos mais diversos territórios. O Coletivo Terra em Cena agradece pelo importante trabalho de democratização do teatro, tecendo redes locais, nacionais e internacionais envolvendo as comunidades periféricas e do campo na produção teatral. Que possamos nos inspirar pelos princípios que nortearam seu trabalho e a construção de redes como a Rede Latino Americana de Teatro na Comunidade.

Entrevista com Marcia Pompeo Nogueira, em junho de 2019: 


terça-feira, 30 de julho de 2019

ETPVP-DF PRESENTE NA ESCOLA DE ARTE, CULTURA E COMUNICAÇÃO DO MST




Entre os dias 7 e 21 de julho, ocorreu no Centro de Formação do MST Santa Dica dos Sertões, em Corumbá de Goiás, a Escola de Arte, Cultura e Comunicação da Região Centro-Oeste. A Escola teve a participação de 25 militantes do Goiás, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Distrito Federal. 
A atividade buscou potencializar o uso das linguagens nos processos de formação política, aprofundar a formação técnica de linguagens específicas relacionadas às artes e comunicação, apresentar a organicidade do Coletivo de Cultura e do Setor de Comunicação do MST, refletir sobre o avanço do capitalismo na região Centro-Oeste e exercitar práticas, valores, e princípios humanistas e revolucionários. 
E a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do Distrito Federal teve importante participação. Diversos momentos do curso contaram com contribuição e assessoria da militância que se articula com a ETPVP. 
No primeiro dia da Escola, a Cia Burlesca apresentou a peça “Bendita Dica”, como forma de introduzir o tema de estudo sobre o avanço do capitalismo na região Centro-Oeste. Além desta, a companhia, que tem membros no elenco e coordenação da ETPVP, apresentou o espetáculo “O Longe”. 
Jullya Graciela, membro do Coletivo Semente, contribuiu com o tempo educativo voltado ao teatro. Neste espaço, por meio da história da vida, ela trouxe elementos da linguagem teatral, além de socializar a experiência de seu coletivo. Daniel Landim, do mesmo coletivo, contribuiu na oficina de música, com técnicas de percussão. Ainda nesta oficina, Pedro Henrick, ator do elenco da ETPVP e membro da Cia Burlesca, contribuiu com técnicas de voz e coro. 
Felipe Canova, membro da coordenação e educador da ETPVP, do Terra em Cena e militante Sem Terra, deu aula para a turma nos temas “Hegemonia, Indústria Cultural e Fascismo” e “Agitação e Propaganda”. Marla Galdino, educanda da primeira turma da Escola, contribuiu na oficina de audiovisual, com formações sobre o histórico do audiovisual, roteiro e fotografia.
Além disso, Juliana Bonassa, que contribui na coordenação da Escola Popular de Teatro e Vídeo de SP e do Coletivo de Cultura do MST, participou da coordenação da Escola de Arte, Cultura e Comunicação da Centro-Oeste. 
Sendo assim, a contribuição de toda esta militância demonstra a ampliação e consolidação das articulações da ETPVP. Para além da perspectiva da formação, a Escola potencializa também seu caráter articulador. 




sábado, 29 de junho de 2019

Atuação para cinema em espaço público foi tema de formação que Ceicine promoveu no Espaço Semente para elencos da ETPVP-DF, Coletivo Semente e GET CEF 316 de Santa Maria.


Em continuidade ao processo de intercâmbio da rede de coletivos articulada à Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF, na noite de 29 de junho se reuniram no Espaço Semente o elenco do Coletivo Semente, dirigido por Valdeci Moreira e Ricardo César, o professor e diretor do grupo Grupo Estudantil de Teatro do Centro de Ensino Fundamental de Santa Maria (GET CEF 316) e integrantes do Terra em Cena e da coordenação da ETPVP-DF, com os cineastas Adirley Queirós, diretor do Coletivo de Cinema da Ceilândia,  e Joana Pimenta, cineasta portuguesa e professora do Departamento de Artes da Universidade de Harvard, tendo trabalhado nos últimos quatro anos na Ceilândia produzindo filmes com o Ceicine.
O tema da conversa foi atuação para cinema em espaço público. Foi oportunidade para os integrantes dos coletivos compartilharem suas experiências de interpretação e identificarem as diferenças do processo de interpretação e representação nas linguagens cinematográfica e teatral.
O Coletivo Ceicine tem se consolidado por estabelecer em sua filmografia uma espécie de etnografia da ficção buscando estabelecer uma interface produtiva entre o documentário e a ficção. São histórias em que a fábula amplia o potencial de desvelamento das contradições do mundo real.
A curto prazo o processo de intercâmbio e trabalho coletivo resultará na participação dos coletivos teatrais presentes e algumas das últimas cenas filmadas para o longa “Mato Seco em Chamas”. Mas, em médio e longo prazo outras perspectivas se descortinam tendo em vista projetos semelhantes dos coletivos, por exemplo, como a intenção do Semente construir uma peça a partir do romance Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, e o Ceicine pretender filmar sua versão a partir do romance dentro em breve.

Por Rafael Villas Bôas
Brasília, 29 de junho de 2019.

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Chamada pública para bolsistas para PEAC ETPVP-DF Edital Casa de Cultura 2019 CAL DEX


segunda-feira, 20 de maio de 2019

IV Mostra Terra em Cena e na Tela demonstra a força do teatro e do cinema em tempos de barbárie



Entre os dias 9 e 11 de maio de 2019 aconteceu na cidade de Bom Jesus, no extremo sul do Piauí, a IV Mostra Terra em Cena e na Tela, articulada por meio da parceria entre grupos de pesquisa e extensão da Universidade de Brasília (UnB) – Terra em Cena - e da Universidade Federal do Piauí (UFPI) – Cenas Camponesas e Nagu (Núcleo de Agroecologia do Vale do Gurguéia).
            A atividade reuniu cerca de quatrocentas pessoas no decorrer dos três dias, em diversas atividades: mesas temáticas, oficinas de teatro e cinema, apresentação de peças e filmes, debate com os realizadores, noites culturais, além de diversos momentos de integração e intercâmbio que emergiram espontaneamente no encontro.
            As três primeiras Mostras ocorreram na Universidade de Brasília (campus Planaltina), nos anos 2013, 2017 e 2018, como momento culminante das atividades do programa de extensão e grupo de pesquisa Terra em Cena. A partir da III Mostra recebemos como convidado o Cenas Camponesas, um grupo de teatro criado pela professora Kelci Anne Pereira, com estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo (Ledoc) da UFPI, da área de habilitação em Ciências Humanas e Sociais. Na avaliação da III Mostra decidimos fortalecer e expandir a relação entre universidade, movimentos sociais e grupos de teatro e audiovisual formados pelos ou com os estudantes das Licenciaturas em Educação do Campo da UnB e da UFPI. Um dos encaminhamentos foi descentralizar a Mostra, realizando a quarta edição no Nordeste brasileiro, em Bom Jesus.
            A coordenação do encontro na UFPI foi composta pelo grupo de teatro Cenas Camponesas, pelo grupo de pesquisa Nagu, por professores/as da Ledoc-UFPI, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), sendo a primeira vez que os últimos dois grupos se somam na construção e participação da Mostra. A presença dos estudantes da UFPI foi bastante diversificada, com muitos estudantes de outros cursos participando de vários espaços do evento.
A delegação que saiu de Brasília foi composta por professores da Ledoc da UnB, por professores da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal, cursistas do programa Escola da Terra, ofertado pela UnB em parceria com a SEDF e com o MEC, e por integrantes de três dos elencos do programa Terra em Cena: o Vozes do Sertão Lutando Por Transformação (VSLT), que apresentou a peça “Se há tanta riqueza por que somos pobres?”, o “Arte Kalunga Matec”, da comunidade Engenho II do quilombo Kalunga em Cavalcante, e o elenco da Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do Distrito Federal. Além disso, estiveram presentes os cineastas Adirley Queirós e Joana Pimenta, do Ceicine, e a documentarista e professora aposentada da Faculdade de Comunicação da UnB, Dácia Ibiapina. Ambos apresentaram filmes premiados em diversos festivais: “A cidade é uma só?”, de Adirley Queirós, e “Carneiro de Ouro”, de Dácia Ibiapina. A produção de Dácia aborda o trabalho dos cineastas da cidade de Picos (PI), em particular a obra de Dedé Rodrigues, o qual também esteve presente no evento, exibindo o filme “O sanfoneiro tocou no inferno”.
            A produção teatral apresentada deu mostra da vitalidade e da necessidade do teatro político nos tempos atuais. O Coletivo Cenas Camponesas estreiou a segunda peça de seu repertório, abordando o confronto entre os modos de produção camponês e do agronegócio no campo brasileiro, a partir de livre adaptação da peça “Posseiros e Fazendeiros”, construída em 2004 pelo grupo do MST Filhos da Mãe..Terra (SP), como exercício de adaptação de Horácios e Curiácios, de Bertolt Brecht. Em cena foi apresentado um projeto de pesquisa de grande complexidade: evidenciar as relações entre o ciclo de ditaduras latino-americanas da década de 1960 do século passado com o modelo do agronegócio, iniciado décadas antes por meio da Revolução Verde. O público se deparou com dados, imagens, cenas alegóricas, momentos de mística, num ato estético e pedagógico que demonstra a consciência do direito à cultura e a arte, por parte dos povos e educadores/as do campo.
            Com a mesma peça em cartaz há dois anos, o VSLT apresentou uma versão da narrativa construída coletivamente, na qual se observa o aprofundamento da pesquisa corporal e musical desenvolvida pelo grupo, cada vez mais consciente das raízes históricas e estéticas afrodescendentes que representam. Recorrendo à estrutura rítmica ditada pelo atabaque, os corpos encenam poemas de Drummond mesclados a formas clássicas do teatro político, gerando uma atmosfera poética e política que envolveu o público, sobretudo, quando os recursos do teatro tribunal foram acessados. A peça chega no ponto alto no momento em que o elenco desce do palco e os atores se misturam com a plateia, transformando a cena em grande assembleia em que debatem os rumos da mineração na região da Chapada dos Veadeiros.
            A terceira peça, da brigada de agitprop Marisa Letícia, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) do Piauí, abordou a Reforma da Previdência, a partir da estrutura formal do teatro de agitprop, com bases coreográficas e coros bem demarcados, conforme permitem as condições objetivas do teatro feito na rua e para o povo. A fatura do conjunto das três obras é de que existe um campo bastante fértil para a expansão do teatro político, sobretudo, quando os grupos encaram suas funções como multiplicadores, formando mais grupos pelas comunidades, escolas e organizações por onde passam, ampliando dessa forma a capacidade de auto-representação da classe trabalhadora.
            Nesse sentido, as oficinas de teatro e cinema se apresentaram como momentos relevantes de formação, colaborando para que os coletivos e movimentos envolvidos na Mostra se apropriassem um pouco mais dos meios de produção artísticos, como armas indispensáveis na luta cultural contra a barbárie, que marca a condução política do país. Teatro do Oprimido, com ênfase na coringagem, Teatro Épico, com foco no coro, teatro de agitação e propaganda, uso do celular para a elaboração de documentários e a produção cinematográfica contra hegemônicas foram temas abordados nas oficinas, se forjaram também como espaços de debate sobre as peças e filmes assistidos anteriormente.
            O seminário “arte, educação e direitos humanos”, que abriu a Mostra animado pelas exposições e análises da professora Pâmela Peregrino (UFSB) e do professor Rafael Villas Bôas (UnB), colocou questões centrais para o evento e seus desdobramentos futuros.
Uma delas é que o esforço artístico dos coletivos da rede Terra em Cena deve voltar-se não só para a elucidação, no conteúdo, do desmonte democrático sob a égide fascista, que marca a conjuntura nacional com efeitos regressivos de largo alcance na estrutura de direitos do povo. É necessário que a lucidez na análise política se reverta em força poética, que a estrutura formal das produções potencialize o estudo e a historicidade dos temas abordados.  Temos a tarefa de imaginar e realizar coletivamente obras que, por um lado, desconstruam – em seu processo, conteúdo e resultado estético – os padrões burgueses, e que, por outro lado, mobilizem o público a percorrer rotas sensíveis mais humanistas na percepção da narrativa do real e da condição humana em nosso tempo.  E todo esse potencial formativo se completa com a circulação das obras: elas precisam ser cada vez mais apresentadas e debatidas abertamente em espaços populares, nas escolas, juntos aos sindicatos e movimentos como o testemunho do trabalho desalienado na arte e da ação agregadora que ela pode gerar. Essa intencionalidade e alcance social, ao serem buscados pelos coletivos da Rede, é que formam o link entre os trabalhadores em cena e os trabalhadores na plateia, e podem fermentar a resistência à barbárie, mobilizar o pertencimento a  uma classe que se autodetermina e representa, no palco, nas ruas, na vida, na política.


Kelci Anne Pereira, Rafael Villas Bôas, Caroline Gomide e Eliene Novaes.
Professora da Ledoc da UFPI/Bom Jesus e professores da Ledoc da UnB.
Integrantes do Programa de Extensão e grupo de pesquisa Terra em Cena.


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NOTA DA ESCOLA DE TEATRO POLÍTICO E VÍDEO POPULAR DO DF EM APOIO AOS TRABALHADORES DA CULTURA E PELO FAC



A Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF (ETPVP-DF) manifesta todo apoio aos trabalhadores da Cultura do DF que lutam pela manutenção do pagamento aos projetos aprovados pelo Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF), a serem executados no ano de 2019, bem com pela continuidade dos editais do FAC.

Compreendemos que o corte de 25 milhões do edital sob a alegação de destinação para obras de reforma do Teatro Nacional impõe dura quebra da cadeia produtiva da economia da cultura do Distrito Federal, impedindo que inúmeros projetos de qualidade, de coletivos que circulam por todas as regiões administrativas do Distrito Federal, selecionados por meio de edital público, sejam desenvolvidos no ano de 2019.
A ETPVP-DF – escola que integra a Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político Popular Nuestra América que tem escolas em Buenos Aires, Rio de Janeiro, Florianópolis e São Paulo, além do Distrito Federal – se empenha na construção de redes de produção e circulação da produção teatral e audiovisual popular por meio de casas de cultura, escolas públicas, sedes dos coletivos de teatro e vídeo, espaços sindicais e de movimentos sociais, e campi de universidades e institutos federais, buscando democratizar o acesso aos bens culturais, no âmbito da fruição e também da produção de bens simbólicos. Por termos essa meta como objetivo estratégico da escola, sabemos o quanto é necessário de empenho e recurso financeiro para que práticas de democratização da cultura se consolidem como política pública, na medida em que a Cultura é um direito humano universal e o acesso a ela deve ser garantido pelo Estado.
Infelizmente, em nível federal e também no âmbito do GDF, a Cultura tem sido considerada gasto excedente e não investimento no futuro de nossa sociedade. Apesar de consideramos obviamente importante a reabertura do Teatro Nacional, para todas as linguagens e públicos, consideramos errado fazer isso às custas do recurso que garante as atividades culturais de diversos segmentos artísticos. Em nome de um aparelho cultural no centro do plano piloto, se pretende prejudicar mais de 250 projetos, geradores de 12 mil empregos diretos e mais de 30 mil indiretos em todo o DF.
Alerta! Desperta! Ainda cabe sonhar!
O FAC é de tod@s!
Brasília, 19 de maio de 2019.

terça-feira, 14 de maio de 2019

Intercâmbios e redes: Terra em Cena, Coletivo Semente e Ceicine


Os processos de compartilhamento e parcerias entre coletivos de teatro e audiovisual são práticas que enriquecem os trabalhos desenvolvidos pelos grupos, geram maior consciência coletiva de nossa condição de trabalhadores da cultura e comunicação, enquanto produtores de bens simbólicos.
Para além de vínculos pontuais, ocasionais, e espaçados no tempo, o Terra em Cena, a Cia Burlesca e a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF tem se empenhando em construir relações de trabalho com outros coletivos.
Com o Coletivo Semente a parceria teve início ao conhecermos o grupo por meio do espetáculo Macunaíma. O coletivo se apresentou no campus de Planaltina da UnB e no centro cultural da Associação dos Docentes da UnB. Na sequência, o Semente nos recebeu em seu espaço cultural no Gama para que gravássemos ali uma versão para vídeo da peça “De pé para lutar escravos colonizados” do coletivo soviético Blusa Azul, que o Terra em Cena montou no projeto Terra em Cena conta Blusa Azul. Além de nos receber no espaço, parte do elenco do Semente participou da gravação da peça no coro e representando alguns personagens. O diretor do grupo, Valdeci, Moreira, fez a direção musica do coro. Participou ainda dessa montagem o diretor da Cia Estudo de Cena (SP), Diogo Noventa.
No dia 26 de abril de 2019 nos reunimos no Espaço do Coletivo Semente para discutir com o elenco e os diretores Valdeci Moreira e Ricardo César a origem e as experiências do teatro de agitação e propaganda. Convidamos para essa conversa o cineasta Adirley Queirós, do Ceicine, que participou compartilhando as experiências de produção de seus filmes, realizados com elenco majoritariamente de Ceilândia, e na Ceilândia, com algumas tomadas no plano piloto e outros locais do DF.
Com o Ceicine temos desenvolvido trabalhos conjuntos com alguns de nossos integrantes participando como atores de filmes curtas e longas dirigidos por Adirley Queirós. Além disso Adirley é professor de cinema da ETPVP-DF, que tem sede na Casa da América Latina da Universidade de Brasília.
Em comum na experiência dos três coletivos Terra em Cena, Semente e Ceicine: a produção coletiva, a produção com elencos “amadores”, no sentido da formação específico e do modo de sustento financeiro da vida, o trabalho de construção de estéticas periféricas e contra-hegemônicas, que procuram se contrapor aos padrões hegemônicos de representação de realidade.

Janelson Ferreira e Rafael Villas Bôas
Integrantes do Coletivo Terra em Cena e da ETPVP-DF

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Inscrições abertas até 03/05/19 para IV Mostra Terra em Cena e na Tela em Bom Jesus - PI


Encontram-se abertas as inscrições para a IV Mostra Terra em Cena e na Tela, que acontecerá em Bom Jesus/PI (UFPI, Teatro Alard e Praça do Fórum), do dia 9 ao dia 11 de maio de 2019. O evento é gratuito e será encerrado com uma bela noite cultural, ao som da Banda Caju Pinga Fogo.  
Participem!
Mais informações abaixo!




Inscrições pelo site https://www.even3.com.br/mostraterraemcenaenatela/ - até 03/05/19
A participação nas oficinas está condicionada à oferta de vagas e ao interesse declarado pelos participantes no ato da inscrição! Evento Gratuito!

att. Comissão organizadora

Romeu & Julieta e a tragédia do patriarcado: GET CEF 316 de Santa Maria inicia jornada da segunda montagem encenando Shakespeare



No dia 11 de abril de 2019 o Grupo Estudantil de Teatro do Centro de Ensino Fundamental 316 (GET CEF 316), de Santa Maria (DF), esteve, pela segunda vez, se apresentando no auditório Augusto Boal do campus de Planaltina da UnB, a convite do programa de extensão Terra em Cena. O coletivo apresentou uma adaptação da peça Romeu e Julieta, do dramaturgo inglês William Shakespeare.
A versão do GET CEF 316 faz opção por intercalar ao texto do dramaturgo muitas cantigas populares, coreografadas pelo professor e diretor do grupo Adriano Duarte, que aporta ao grupo sua experiência como bailarino profissional. O procedimento da interpretação do texto por meio de coros é, por um lado, a opção política por dar ênfase à voz coletiva em detrimento à performance individual dos integrantes do elenco, e por outro lado, é uma forma de lidar com as dificuldades constantes do trabalho de montagem com coletivos amadores: ao coletivizar a voz por meio dos coros, todo o elenco trabalha com o texto teatral, o que torna o grupo menos vulnerável às ausências de um ou outro ator ou atriz. O coletivo garante a dinâmica constante de trabalho, contornando as eventuais inconstâncias do elenco.
Há três características presentes nas duas montagens do grupo: o trabalho de adaptação com obras literárias conhecidas – Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol e Romeu e Julieta, de Shakespeare – e o trabalho de encenação por meio dos recursos da dança e música, com ênfase nas coreografias, e o trabalho com os coros como forma de interpretar coletivamente o texto teatral.
O GET CEF 316 se destaca por ser um grupo que se formou a partir de trabalho desenvolvido em sala de aula, e que posteriormente passou a ensaiar aos sábados, e a participar de eventos teatrais, em São Paulo, em Uberlândia, no II Colóquio do Mestrado Profissional em Artes da UnB e na III Mostra Terra em Cena e na Tela, no campus de Planaltina da UnB, em 2018. Adriano Duarte descreve e analisa a experiência da primeira montagem na dissertação que defendeu em 2018, no Mestrado Profissional em Artes da UnB.
Atualmente, o elenco conta com estudantes da escola e também com integrantes egressos do CEF 316, que mantém o vínculo com a escola por meio a participação no coletivo de teatro. Para a permanência do grupo o apoio da equipe docente e direção da escola, bem como da regional de ensino, é muito importante, muitas vezes garantindo as condições logísticas de transporte para que o grupo consiga se deslocar e circular atendendo aos convites que lhes são feitos.
No debate da tarde do dia 11 de abril, estabelecido com o público formado por estudantes, professores, funcionárias da limpeza e moradores da comunidade de Planaltina, foi bastante enfatizada a questão do sistema patriarcal, pano de fundo da tragédia que estrutura a peça Romeu e Julieta, com as alusões de nomes de adolescentes mortas por crimes de feminicídio nos tempos contemporâneos. Além dos crimes trágicos conhecidos e veiculados na mídia, foram citados crimes próximos, como o da prima de quinze anos de uma das integrantes do grupo, assassinada recentemente. 
Portanto, seja pela forma como a adaptação dialoga com o tema da peça, seja pelos procedimentos estéticos que o grupo mobiliza no trabalho de encenação, ou ainda pela forma como  o grupo busca a interlocução com comunidades, escolas públicas e com outros coletivos teatrais, como o Terra em Cena e a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF, o GET CEF 316, grupo sediado em uma escola pública de periferia,  vem se tornando um dos responsáveis pelo fortalecimento do teatro político no Distrito Federal e estimulando o surgimento de novos grupos envolvendo estudantes, professores e técnicos de escolas e universidades.

Rafael Litvin Villas Bôas 
Coordenador do Coletivo Terra em Cena
Professor do campus de Planaltina da UnB e do Mestrado Profissional em Artes 


Fotos:





terça-feira, 2 de abril de 2019

“Posseiros e Fazendeiros” inspira e mobiliza o coletivo Cenas Camponesas


O Cenas Camponesas é um coletivo de teatro político ligado à licenciatura em educação do campo da UFPI/Campus Bom Jesus, fundado e dinamizado por docentes dos cursos e discentes camponeses. Nosso propósito é dispor da linguagem do teatro para estudar o real, nosso maior alimento, e, nele, o humano, conhecendo-nos como trabalhadores, fazedores do mundo e da história. Nesse sentido, nos interessa particularmente compreender a questão agrária brasileira e os atravessamentos à reprodução ampliada da vida do campesinato. Articulada a esta intencionalidade temática, nos organizamos para investigar e nos apropriar dos recursos estéticos mais potentes para expressão e problematização, do ponto de vista da classe trabalhadora, dos processos que marcam a re(existência) camponesa frente ao avanço do capitalismo no campo.
E nos interessa ainda, construir um modo de produção cultural e artístico, que reflita e realce nossa utopia militante: a de contribuir a mudança rumo a uma sociedade de trabalhadores livremente associados.
A escolha que fizemos por remontar a peça Posseiros e Fazendeiros[1] tem a ver com essa identidade política do Cenas e com a compatibilidade entre o nível de complexidade do texto e de amadurecimento do elenco. Nos identificamos com a peça na medida em que ela traz o antagonismo e vínculos entre fazendeiros e posseiros, destacando entre os fazendeiros o capital internacional (Grande Fazendeiro) e explorando ainda as contradições internas a cada fração de classe. Desse modo, logo de cara, notamos que estávamos diante de uma lente dialética para o estudo da região atingida pelo MATOPIBA, onde vivemos. Do ponto de vista formal, a dramaturgia também nos interessou porque apontou caminhos para a experimentação da abordagem épica, especialmente no que diz respeito a cotejar, na encenação, dados da realidade presente e passada, extraídos de jornais, de pesquisas científicas, de relatos do próprio elenco camponês que vive em conflito com o agronegócio.
Quando passamos à objetivação da montagem, notamos ainda que Fazendeiros e Posseiros nos traz uma tese - a de que o conflito entre trabalhadores e capitalistas, que disputam a terra e tudo que vem para fins distintos, é desigual, dada a natureza das armas de cada um. Isso ascendeu nossa curiosidade estética e política, ativou a imaginação do grupo pela questão de fundo que nos colocou: com que astúcia podem os camponeses potencializar suas armas e defenderem-se da sanha do capital, dos processos de expropriação e massacre, intensificados e complexificados no contexto da nova modernização conservadora do país, do avanço do fascismo, do ataque às liberdade políticas e aos direitos sociais, e a reconfiguração das forças produtivas internacionais, desdobrado no modelo de capitalismo dependente brasileiro? Com que astúcia podemos nós, um coletivo amador e popular de teatro, representar a astúcia dos camponeses frente ao vigor e horror de seu inimigo?
Tão fertilizados ficamos, pelo poder do texto e da própria conjuntura (nacional e do Matopiba), nos pusemos a desenvolver dois processos simultâneos e articulados como procedimento de montagem: de um lado realizamos seminários livres de estudo. Voltando ao Brecht (Horácios e Curiácios), percebendo que deveríamos explorar mais as nuances dos personagens em cenas, as incongruências internas dos seguimentos sociais em luta, perscrutar a real natureza e alcance de seus interesses e ações desses sujeitos, nos perguntar sobre qual a raiz e o impacto do negócio de terras, águas, minérios e gentes no sul do PI, olhar para as armas da disputa de fazendeiros e posseiros alertas, pois “em uma coisa existem muitas coisas”. Motivados por fazer da peça um registro da história camponesa no PI, pesquisamos os documentos históricos que registram, dando notícias e detalhes, de como chegamos até o estado de coisas atual: cartas de sesmarias, documentos que da Comissão Nacional da Verdade que ajudam a explicar a relação entre escravismo e cativeiro da terra, que revelam a relação entre ditadura e massacre das organizações camponesas par i passu com seu avanço... Às pesquisas das fontes históricas agregamos a pesquisa musical e o estudo teórico, por exemplo, o da natureza do dinheiro, a derradeira arma dos fazendeiros. Por outro lado, fomos incorporando esses elementos nos processos de formação dos personagens, a partir de laboratórios em que lançamos mão de jogos e técnicas do teatro do oprimido (por exemplo, interrogatório na berlinda). Os seminários e laboratórios culminaram (e têm culminado) no processo de ensaios, durante os quais nos, professores e estudantes, definimos a dramaturgia. Nesta definição têm sido bem influente o trabalho do Coletivo Terra em Cena conta Blusa Azul, e o trabalho do Coletivo Fuzuê com o qual tomamos contato recentemente.
No fim das contas, não estamos remontando exatamente Posseiros e Fazendeiros: tomamos a peça como fio condutor para uma grande experimentação teatral, motivada pelo desafio de contar a questão agrária e camponesa do PI de um jeito que nos faça amar a liberdade, o trabalho e a Vida, e de aprender, tal como disse Nara Leão, a aceitar tudo, menos o que pode ser mudado. A estreia dirá se fomos capazes de informar, comunicar e mobilizar junto público essas questões e emoções tão necessárias na luta em defesa dos territórios camponeses.

            Kelci Anne Pereira



[1] A peça, montada pelo coletivo do MST “Filhos da Mãe...Terra”, sob direção de Douglas Estevam.

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sexta-feira, 22 de março de 2019

Programação da IV Mostra Terra em Cena e na Tela & II Seminário de Cultura do NAGU


A IV Mostra Terra em Cena e na Tela, acontecerá do dia 9 ao dia 11 de maio deste ano, em Bom Jesus-PI (UFPI, teatro Alard e Praça do Fórum).

Venham participar conosco desse momento de resistência cultural! 


9/maio (quinta-feira)
10/maio (sexta-feira)
11/maio (sábado)
8:30h - Ato de abertura

9h - Seminário “arte, educação e direitos humanos”
Convidados: Rafael L Villas Bôas (Terra em Cena/UNB); Pamela Peregrino (UFSB)

10 h – Café compartilhado

10:30 – Mostra audiovisual e diálogo com os realizadores - Juventude da CPT

Local: Auditório Central UFPI
8:30 - Mostra de Teatro e debate com elencos
Cenas Camponesas, VSLT, MPA/Picos

10:30 h – Café compartilhado

10:45 – Mostra audiovisual e diálogo com os realizadores – Produtores Javé Uchoa, Pâmela Peregrino e Tassia.




Local: Auditório Central UFPI
8:30 – Encontro de Juventude - CPT e MPA










Local:  Auditório da pós-graduação UFPI
14h - Oficinas simultâneas “Socialização dos meios de produção audiovisuais e teatrais”
        Teatro do oprimido – coringa (Rafael Villas Bôas)
          Teatro de agitação e propaganda (Pâmela Peregrino)
         Criação audiovisual (Dácia Ibiapina e Equipe Dedé Produções)
         Ferramentas básicas para produção audiovisual com uso de celular (Javé Uchôa)

Local: UFPI (sala a confirmar)
14h – Oficinas Simultâneas “Socialização dos meios de produção audiovisuais e  teatrais”
          Teatro do oprimido – coringa (Rafael Villas Bôas)
          Teatro de agitação e propaganda (Pâmela Peregrino)
           Criação audiovisual (Adirley  Queiróz e equipe Ceiceine)
        Criação audiovisual (Dácia Ibiapina e Equipe Dedé Produções)
         Ferramentas básicas para produção audiovisual com uso de celular (Javé Uchôa)

Local: UFPI (sala a confirmar)
14 h - Encontro da Juventude – MPA e CPT

Reunião de articulação dos coletivos participantes da mostra (horário a ser definido)






Local:  Auditório da pós-graduação UFPI
19h Mostra de cinema e debate com diretores/as
Diretor da noite: Adirley Queiróz
“A cidade é uma só”

Local: Teatro Alard
19h: Mostra de cinema e debate com diretor
Diretor homenageado: Dedé Rodrigues “O sanfoneiro que tocou no inferno”
Diretora homenageada: Dácia Ibiapina “O carneiro de ouro”

Local: Teatro Alard
19h –  Cine-debate ao ar livre e noite cultural
. Documentário “Ser Tão Velho Cerrado”
. Banda Caju Pinga Fogo

Local: Praça do Fórum







Inscrições no local do evento para atividades matutinas e noturnas.
Inscrições antecipadas para as oficinas da tarde, pelo site http://www.even3.com.br/mostraterraemcena/.

 Prazo: até dia 01/5. http://www.even3.com.br/mostraterraemcena/


Ajudem a divulgar o evento!!

Abraços fraternos!
Comissão organizadora!

"Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade, é aquele que a transforma" (A. Boal)