INTEGRANTES

O Coletivo Terra em Cena é uma articulação de coletivos de teatro e audiovisual que atuam em comunidades da reforma agrária e quilombolas e em meio urbano. É composto por professores universitários da UnB e da UFPI, e da rede pública do DF, por estudantes das Licenciaturas em Educação do Campo da UnB e da UFPI/Campus de Bom Jesus e por militantes de movimentos sociais do campo e da cidade. O Terra em Cena se configura como programa de extensão da UnB, com projetos de extensão articulados na UnB e na UFPI, e como grupo de pesquisa cadastrado no diretório de grupos do Cnpq. Um dos projetos é a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF (ETPVP-DF) que integra a Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político e Popular Nuestra America.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Socialização de artigo publicado na Revista Cena - "70 anos da Frente de Trabalhadores da Cultura de Nuestra América


Prezad@s colegas, companheiras e companheiros dos movimentos do campo e da cidade, e de coletivos que integram a Rede de escolas de teatro e vídeo político e popular Nuestra América, 

Informamos que no número atual da Revista Cena consta um ensaio de nossa autoria que é parte provisória da pesquisa de doutorado de Simone. 

O título do artigo é "70 anos da Frente de Trabalhadores da Cultura de Nuestra America: experiência de organização de trabalhadores da cultura e o vínculo com a contemporânea Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político Popular Nuestra América"

O trabalho analisa, em perspectiva histórica, o significado e o legado da Frente de Trabalhadores da Cultura de Nuestra America, que reuniu artistas e coletivos latino-americanos entre os anos de 1972 e 1974. A reflexão sobre a Frente, 70 anos depois de seu início, é balizada pelo contexto em que se fazia presente no ambiente intelectual, político, cultural e econômico a consciência do subdesenvolvimento, como chave de interpretação da estrutura de dependência e subordinação ao centro, presente nos países da periferia do capitalismo, à luz da Dialética da Dependência. O artigo reflete o papel da cultura nos processos de transformação social e de organização para resistência aos golpes e implementação do ciclo de ditaduras na América Latina. Por fim, identifica limites e potencialidades que a experiência em análise aponta para os desafios presentes no campo da cultura política contra hegemônica, em especial do teatro político e popular, e apresenta a Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político e Popular Nuestra America como legado da experiência de organização e resistência decorrente da Frente Nuestra América da década de 1970.

O artigo se encontra disponível nos links:

Abraços,
Simone Rosa e Rafael Villas Bôas.




Participem! Programação dos 15 anos da Licenciatura em Educação do Campo da Universidade de Brasília









Mesa com professores da Secretaria de Educação do DF debateu experiências de ensino de teatro na escola


No dia 20 de abril de 2023 a disciplina Oficina Básica de Artes Cênicas, da Licenciatura em Educação do Campo da UnB, recebeu no campus de Planaltina três professores da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Melissa Naves, Adriano Duarte e João Batista, para uma mesa sobre o ensino de teatro na escola. Em comum, os três têm em seus processos de formação o Mestrado Profissional em Artes. Melissa e Adriano defenderam dissertações de mestrado sobre experiências que desenvolveram, de formação de grupos teatrais nas escolas em que atuam, respectivamente, a Escola Parque Anísio Teixeira (EPAT), situada em Ceilândia, e o Centro de Ensino Fundamental 316, de Santa Maria. João Batista está cursando atualmente o mestrado no Profartes e sistematiza a experiência de ensino de quase três décadas de trabalho teatral na sala de aula.

Das ricas experiências compartilhadas podemos extrair alguns elementos para a reflexão que desenvolvemos no Terra em Cena sobre o trabalho teatral em escolas e comunidades, a saber:

                        – a compreensão que o espaço do trabalho com teatro na escola não precisa se restringir ao ambiente da sala de aula, ou seja, pode se expandir para toda a escola, e nos territórios camponeses e quilombolas, pode se alargar para a comunidade;

                        – as possibilidades de interface entre o trabalho teatral com outras linguagens artísticas, seja como ponto de partida como a montagem de obras literárias de diversos gêneros, seja como parte do processo de montagem, como a música, o audiovisual e as artes visuais;

                        – o teatro como arte sensorial: a importância do processo de estimulação dos sentidos direcionados para a formação estética dos estudantes, como recursos não apenas direcionados para a construção de peças, mas por meio de exercícios, jogos e vivências em espaços fechados ou abertos em que os cinco sentidos humanos possam ser estimulados;

                        – a necessidade do teatro reconhecer a história da comunidade, da escola, do território, e dialogar com as questões desses espaços, buscando fortalecer a conexão com as pessoas e comunidades;

                        – a conexão com a realidade: o teatro precisa estar atento aos temas da conjuntura, e pode dialogar com eles estabelecendo elementos de mediação entre ficção e realidade, seja nos exercícios de laboratório, seja na construção de cenas e peças.

            Essa iniciativa de aproximação de professores que trabalham com processos coletivos nas escolas faz parte da estratégia do Terra em Cena de fortalecer uma rede de produção e circulação dos trabalhos teatrais de coletivos. Em breve deveremos receber no teatro Augusto Boal, da FUP, as novas montagens dos grupos coordenados pelos três professores que recebemos para o debate sobre ensino de teatro nas escolas.

Rafael L. Villas Bôas

Professora Melissa Naves e Professor Adriano Duarte


 professor João Batista
                                                   
 Professora Melissa Naves
                                                       

 

terça-feira, 18 de abril de 2023

‘Uma década de experiência coletiva’: 10ª JURA é lançada na UnB

Por Camila Araujo
Da Página do MST

A 10ª Jornada Universitária por Reforma Agrária (JURA) foi lançada nesta segunda-feira (17), às 17h, no auditório Augusto Boal do campus Planaltina da Universidade de Brasília com uma mística e uma mesa de abertura em nível nacional.

O evento é realizado em universidades brasileiras para agregar áreas de conhecimento diversas e atividades como feiras, lançamentos de livros, debates e vivências para pautar a reforma agrária, como explicou o professor Luis Antônio Pasquetti, da UnB de Planaltina, um dos organizadores do evento. 

É fundamental que os professores e estudantes das 70 universidades do Brasil e as que estão no exterior participem das atividades porque a questão agrária não está resolvida no Brasil”, disse Pasquetti, que mediou a mesa na UnB. 

Parte da agenda de lutas do Abril Vermelho pela memória aos Mártires do Massacre em Eldorado do Carajás, a JURA acompanha ainda uma outra inciativa do movimento: a Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária, sob o lema “Contra a fome e a escravidão: por Terra, Democracia e Meio Ambiente!”. 


Continuar lendo: https://mst.org.br/2023/04/18/uma-decada-de-experiencia-coletiva-10a-jura-e-lancada-na-unb/

 

terça-feira, 11 de abril de 2023

Terra em Cena participa de projeto de formação e alfabetização com UnB em Belém, em parceria com a UFPA e a Secretaria Municipal de Educação



Entre os dias 10 e 13 de abril os integrantes da coordenação operativa do Terra em Cena Felipe Canova Gonçalves, Rafael Villas Bôas e Adriana Gomes participaram, em Belém (PA), de atividades formativas do projeto de pesquisa “Esperançar na Formação Docente: Arte e cultura como elemento motriz para transformação escolar em Parceria com o Projeto da Prefeitura de Belém Esperançar na Formação Docente – Construindo Escolas humanizadoras e transformadoras” coordenados pela professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) Márcia Bittencourt Brito e pela professora da Universidade de Brasília (UnB) Mônica Castagna Molina.

 

Cultura como Matriz Formativa

 

A primeira atividade foi um debate no campus da UFPA, na tarde do dia 10 de abril, sobre o tema “A cultura como matriz formativa” em que o conceito de cultura foi debatido na perspectiva da formação omnilateral, enquanto direito fundamental do processo de formação estética dos sentidos humanos, sendo a escola um dos espaços fundamentais para o trabalho com arte e cultura. Experiências históricas que envolveram articulações produtivas entre as esferas da cultura, economia e política foram recuperadas, como o trabalho artístico e pedagógico desenvolvido nas primeiras décadas da revolução soviética, o trabalho  coletivo do muralismo decorrente da revolução mexicana, e posteriormente desenvolvido pelas brigadas muralistas chilenas, o trabalho com Teatro do Oprimido de Augusto Boal desenvolvido como ato de resistência popular ao ciclo de ditaduras latino-americanas, e o legado desses processos que permanece latente em experiências pedagógicas como o trabalho da área de Linguagens da Licenciatura em Educação do Campo da UnB, cujo projeto político e pedagógico foi forjado, em grande parte, inspirado no trabalho de cultura e comunicação desenvolvimento pelos movimentos sociais do campo, principalmente pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, por meio das brigadas de teatro, de audiovisual, artes plásticas, e das frentes de literatura e música.

O Núcleo de Arte, Cultura e Educação da Secretaria Municipal de Educação de Belém compartilhou a maneira como a equipe tem desenvolvido os trabalhos artísticos e culturais nas escolas da capital do Pará.

Chamou a atenção dos integrantes do Terra em Cena a qualidade e extensão do debate sobre o tema da cultura como matriz formativa, bem como o fato do interesse pelo assunto ser aplicado ao trabalho concreto em desenvolvimento na capital paraense, em que as 203 escolas municipais são envolvidas pelo processo de formação em andamento.

 

Fotos da Oficina de Teatro do Oprimido no Centro de Formação de Educadores Paulo Freire






quinta-feira, 6 de abril de 2023

Princípios básicos de atuação teatral

 Oficina de Wellington Oliveira


O professor Wellington Oliveira, coordenador do grupo Ateliê Aberto, professor de artes cênicas da Escola Pública de Altas Habilidades de Planaltina e integrante da coordenação da Escola de Teatro Político e Vídeo Popular de Brasília (ETPVP-DF) esteve na FUP para oficina com a turma de Oficina Básica de Artes Cênicas (OBAC), no dia 04 de abril de 2023, para compartilhar o trabalho que tem desenvolvido no ensino de princípios básicos da atuação teatral.

            Wellington mescla com eficácia em seu trabalho técnicas e exercícios do Teatro em Comunidades e do Teatro do Oprimido, proporcionando aos participantes uma experiência de reconhecimento de seus vínculos afetivos e políticos com comunidades e territórios, a partir de estímulos de associação a partir da memória individual e coletiva.

            Outra dimensão do trabalho é a compreensão das formas de atuação a partir de exercícios de triangulação em cena e com o público, associados ao exercício de planos/focos de atuação em cena, que podem se alternar, se justapor, etc. As técnicas propostas podem funcionar bem, também, como exercícios de introdução à Linguagem Audiovisual, vinculadas à interpretação, na medida em que noções de plano, enquadramento e montagem podem ser associadas aos exercícios.