INTEGRANTES

O Coletivo Terra em Cena é uma articulação de coletivos de teatro e audiovisual que atuam em comunidades da reforma agrária e quilombolas e em meio urbano. É composto por professores universitários da UnB e da UFPI, e da rede pública do DF, por estudantes das Licenciaturas em Educação do Campo da UnB e da UFPI/Campus de Bom Jesus e por militantes de movimentos sociais do campo e da cidade. O Terra em Cena se configura como programa de extensão da UnB, com projetos de extensão articulados na UnB e na UFPI, e como grupo de pesquisa cadastrado no diretório de grupos do Cnpq. Um dos projetos é a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF (ETPVP-DF) que integra a Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político e Popular Nuestra America.

terça-feira, 20 de março de 2012

Teatro Fórum a partir da peça "Mutirão em Novo Sol" (1962), de Nelson Xavier, Augusto Boal, Hamilton Trevisan, Modesto Carone, Benedito M . Araújo. (TERRAemCENA e Brigada Semeadores - junho de 2011)



Mutirão em Novo Sol: a primeira peça sobre a questão agrária do teatro político brasileiro?
Rafael Villas Bôas

Mutirão em Novo Sol, conhecida também como Julgamento em Novo Sol, é a primeira peça do teatro brasileiro em que a luta camponesa ascende à condição de protagonismo. O meio rural deixa a condição de cenário, e seus personagens abandonam a pitoresca condição de caipiras interioranos, como em peças do século XIX, de autoria de Martins Pena e Arthur Azevedo, ou de personagens secundários de dramas da elite.


Nelson Xavier, um dos responsáveis pela dramaturgia da peça – em conjunto com Augusto Boal, Hamilton Trevisan, Modesto Carone e Benedito M. Araújo – narra sua versão do processo de construção da obra, em depoimento a Jalusa Barcellos:
 
Já estamos então em 1959 e nesse ano ocorre um levante camponês numa cidadezinha do noroeste paulista chamada Jales. Dali começou a emergir um líder camponês que ganhou projeção estadual. Esse líder, cujo nome agora não lembro, liderou os pequenos produtores de Jales que estavam sendo banidos de suas propriedades, juntamente com os colonos que não podiam ter a sua agricultura de sobrevivência. A questão era a seguinte: Jales era considerada área de gado, e os latifundiários soltavam o gado para comer todas as plantações e, depois, plantavam capim. Surgiu então um movimento que passou a ser conhecido como “Arranca Capim”. Posteriormente, a peça ficou conhecida no Nordeste por esse nome, porque esse líder organizou os camponeses para arrancar o capim plantado. Eles queriam retomar a sua terra, que lhes garantia a subsistência. Essa luta ganhou expressão quase nacional, e quando esse líder passou por São Paulo fui até ele e fiz o que você está fazendo comigo hoje. Com o material gravado, eu fiz a peça que, naquele momento político, tornou-se um chamado ao levante – Mutirão em Novo Sol. E era o que eu desejava que o teatro fosse: uma arma para mudar a história! Bom, esse era um período em que o Teatro de Arena já tinha percorrido um bom trecho do seu percurso, e seus integrantes já haviam experimentado bastante o caminho do próprio grupo (1994, p. 373).
 

            No texto “Mutirão em novo Sol no 1º Congresso Nacional de Camponeses”, publicado na Revista Brasiliense, José de Oliveira Santos informa que a peça foi montada pelo CPC de São Paulo. Segundo Santos, a peça, que tratava do levante dos camponeses em Santa Fé do Sul, liderados por Jofre Corrêa Neto, contou no elenco com a participação de atores de três grupos profissionais (certamente, o Arena foi um dos grupos). Além disso, em paralelo aos ensaios, o setor de sociologia do CPC preparava uma pesquisa sobre os camponeses, que seria aplicada no encontro de Belo Horizonte. Pelo que informa Santos, desde a apresentação, em caráter de ensaio aberto, no encontro de São Paulo, o CPC começou a colher depoimentos dos camponeses, e o próprio processo de elaboração do questionário da pesquisa que seria aplicada no encontro nacional de Belo Horizonte subsidiou o elenco com o perfil da platéia que encontrariam na capital mineira. A pesquisa cumpria função orgânica no processo de trabalho da frente de teatro do CPC, segundo relato de Santos:

A experiência não terminou ao findar a peça. No dia seguinte a equipe de sociologia do CPC iniciou a segunda parte do trabalho, aplicando a pesquisa, que atualmente se encontra no período final de tabulação. Na verificação de centenas desses questionários é que o CPC poderá estimar a importância do seu trabalho, fazendo um balanço dos erros e acertos e prosseguir numa base de atuação mais conseqüente (1962, p. 175).


A peça surge, portanto, como formalização de uma experiência concreta de insurgência dos trabalhadores rurais contra a prática arbitrária dos fazendeiros para expandir seus domínios sobre as terras em que trabalham os lavradores. A obra trata do conflito real entre camponeses e um latifundiário, ocorrido em Jales, no interior de São Paulo.
Os lavradores trabalham mediante contrato de meação em terras tidas como de propriedade do Coronel Porfírio, entregando na colheita metade de suas lavouras para o latifundiário. Mas o coronel decide usar suas terras para criação extensiva de gado, e para isso precisa das terras arrendadas para plantar capim Colonião. Como não há contrato formal com os lavradores, apenas acordo de palavra, o coronel decide fechar o armazém que mantém para lucrar com o consumo dos camponeses, que não têm acesso próximo a outro mercado. Diante disso, a maioria dos lavradores se organiza para garantir o acesso aos alimentos e às sementes para nova safra, e resistir à expulsão. Orientados por um jornalista de imprensa voltada para os trabalhadores rurais, procuram fundar uma União, e decidem coletivamente que as primeiras ações dessa entidade serão o mutirão para arrancar o capim Colonião plantado nas terras, e o não reconhecimento do coronel como proprietário legítimo. Sendo essas as informações básicas do enredo, nos interessa, a seguir, verificar como a matéria social do conflito foi formalizada dramaturgicamente.
            A opção dos autores foi estruturar a narrativa no formato de um julgamento que se passa num tribunal. O latifúndio, representado pelo Coronel Porfírio, e a luta camponesa, representada por Roque, são os principais depoentes do confronto. O julgamento transcorre em tempo presente, e os antagonistas inqueridos, e testemunhas, fazem digressões permanentes ressaltando fatos pertinentes para a construção da opinião dos jurados. Não há divisão do texto por atos e cenas, e ao todo existem treze momentos retrospectivos, intercalados pela ação do julgamento no tribunal.
            O formato da peça, de teatro tribunal, é herdeiro de experiências do teatro político de décadas anteriores. Ao descrever as características e formas do teatro de agitação e propaganda soviético, Garcia informa:

No que concerne aos espetáculos, procura-se fazer o espectador participar como atuante nos grupos representando as cenas de massa, na aclamação de slogans e cantos revolucionários e, em alguns casos, atribuindo-lhe uma inserção mais complexa, como nos processos de agitação (agitsud). Esses tribunais eram simulações de julgamento, envolvendo todos os componentes usuais de um júri real, que, nas cidades onde se realizavam, eram integrados por representantes da comunidade e tinham como objeto de apreciação assuntos candentes do local e da sociedade daquele momento. Foram realizados com grande freqüência, principalmente durante a Guerra Civil, em particular pelos grupos do Exército Vermelho com os batalhões nos fronts (2004, p. 22).



Trecho retirado da Tese de Doutorado de Rafael L. Villas Bôas, Teatro político e questão agrária, 1955-1965: contradições, avanços e impasses de um momento decisivo (2009, pp. 69-71).
Disponível em:





LEdoC, Projeto de Extensão TERRAemCENA 
e Brigada Semeadores
Teatro Fórum a partir da peça Mutirão em Novo Sol 
Teatro da FUP  (junho de 2011)


 
CANÇÃO DO ARRANCA CAPIM COLONIÃO
                                                           Mutirão em Novo Sol

Arranca, arranca, arranca...
Arranca o capim
Arranca o capim
Arranca o capim
Colonião

 
 
 

"A terra está esperando colonião para o meu gado pastar. Está esperando o corpo de quem desobedecer. No armazém só entra defunto. Essa é terra de gado, não é para dar meação. Não é para vocês fazerem filho, não é pra vagabundo no fim de safra me dar colheita minguada. É gado. Gado de quatro patas, que de duas só não me interessa – não se pode vender. Mil cabeças soltas numa terra limpa, coberta de colonião, me rendem mais que dez mil esqueletos como você, caboclo sujo. Querem terra? Atravessem o rio, do outro lado tem muita terra. Se não tiver, vão mais longe. Quanto mais longe melhor. Vocês não servem pra nada, só pra chorar de fome. Quem chora não pode enriquecer o Brasil. Eu não. Eu enriqueço a minha terra. Sou patriota, graças a deus. Frigorífico me pede carne eu dou carne. Esse gado sabe pra onde vai? Pra Europa. Na França se come carne que o Coronel Porfírio deu ao Brasil. Isso é dinheiro, isso é progresso. Gente como vocês não faz isso. Gente como vocês tem que ir morrer bem longe que é pra não atrapalhar o progresso."
(Mutirão em Novo Sol - 1962)



    "Não faz mal. Amanhã cedinho vou devolver as pancadas para aquele capataz dos infernos. Acabo com a raça dele."
   "Vou buscar à força o que é meu. Se não tiver feijão, semente, se não tiver armazém, não faz mal. Mas o prejuízo que ele me deu, ele toma de volta e aí eu escapo pelo mundo."
    "Que adianta ficar falando? Que adianta ficar sentado? Enquanto esperamos a comida vai apodrecendo no armazém do coronel."
    "O Coronel prometeu bala. Ele já está fazendo o que prometeu. A jagunçada já começou a plantar o colonião."
 (Mutirão em Novo Sol - 1962)





"Há vinte anos trabalho no cabo da enxada e não tenho vantagem pra contar. A vida inteira curvado em cima da terra vendo as espigas. A espiga não é minha. Eu fiz essa terra produzir, mas a terra não é minha. Do chão, peguei o barro e catei palha, fiz casa pequena de sapé. A casa ficou pro seu Coronel. De meu só tenho a fome e a dor nas costas"
(Mutirão em Novo Sol - 1962)

 
"Eu tive uma filha também. Um dia o patrão me mandou embora. Eu recusei obedecer. Combinamos lá em casa passar fome voluntária, esperando a colheita tardia. Mas a menina precisava crescer. No fundo do quintal tinha um mamoeiro.  Pra ela a mulher dava mamão fervido com água e sal. O danado do coronel descobriu, mandou cortar o mamoeiro, pra mode a gente procurar comida longe da fazenda. Mas nós tinha combinado esperar, esperamos. Minha filha morreu no primeiro dia de colheita."
(Mutirão em Novo Sol - 1962)




"Olhe, minha gente, nós não vamos esperar dez dias, não. Vamos falar pela última vez. Desde que a gente nasce vai se acostumando a ser covarde. Meu pai me mandava: “na frente do seu Coronel, tira sempre o chapéu”. Eu tirava o chapéu mesmo quando não tinha nada na cabeça. Enquanto meu velho falava baixinho e murcho, eu ficava olhando o chão, o pé do homem, a espora: “sim, seu Coronel, vosmicê é que manda, vosmicê é quem sabe, vosmicê é Coronel”. [Agora não tem mais paz. Não está no tempo de “vosmicê”]. Agora o Coronel olhou para mim eu olho para ele também. Patrão vai mandando a gente embora e nós vamos recuando? Tudo de crista baixa? Não. Vamos, gente! Vamos ser homem um pouco. [Tá errado, não é assim que se faz. A gente sempre passou a vida recuando.] E o homem veio atrás de nós comprando terras. Ninguém sabe de quem comprou porque isso tudo era mato sem dono. Veio pondo no papel que a terra era dele, e agora está escrito. Mas quem escreveu foi ele. E nós viemos preparando o terreno e dando invernada para ele plantar colonião. Recuamos tanto que estamos na beira do rio. Meu aviso é o seguinte: quem quiser continuar covarde vai ter que nadar para o outro lado, para Mato Grosso. Porque daqui homem macho nenhum vai sair. Vou falar com o Juiz. E se ele não tiver resposta, nós vamos ter. Vamos buscar o que é nosso no armazém!"
(Mutirão em Novo Sol - 1962)


 
 
  

"Aqui não adianta ser bom, minha gente. Pra ser bom é preciso ter dinheiro. É preciso sustentar a polícia. Quem é que paga a polícia? Seu Coronel papa-terra. Então, a polícia é boa para ele. Se tiver que dar uns tiros, no seu Coronel não vai dar, porque ninguém quer perder o ordenado. Quem é que paga o Juiz? O Coronel. A justiça é boa pra ele. Pra nós, a única coisa que seu Coronel pagou foi a construção da cadeia."
(Mutirão em Novo Sol - 1962)





"Eu já fui condenado, mas não perdemos a luta. Os lavradores sabem que a terra é deles e de mais ninguém. Eu sei o que é a cadeia, sei quanta pancada vou levar, sei quanta fome vou passar, sei quanta sede vou sentir. Eu sei de tudo e os lavradores também sabem que estão juntos e que juntos ninguém pode com eles. Vocês sabem que não podem destruí-los. Porque são eles os que trabalham e, se eles não existissem, vocês tinham que trabalhar, tinham que pegar no cabo do guatambu e o juiz tem mãos finas, o delegado e o coronel têm mãos por demais finas. Vocês sabem que sem nós vocês não existiam. A lei condenou e a lei é certa e justa, mas é certa e justa para quem a fez. Nós ainda não fizemos a nossa lei. E quando fizermos a nossa lei também será certa e também será justa. Mas as duas não são iguais. A de vocês é a lei de quem explora, a nossa é a lei de quem trabalha. A de vocês me condena, a nossa me há de libertar. A nossa lei há de libertar todos os trabalhadores do mundo. Senhor Juiz, senhor representante, essa gente não pára nunca. (Os soldados prendem Roque enquanto os lavradores assistem o julgamento e o aplaudem. O arranca capim continua e sua canção também)"
(Mutirão em Novo Sol - 1962)

 




“Viver é lutar.” Gonçalves Dias [“Canção do Tamoio”].

“Todos sabemos que a nossa época é profundamente bárbara, embora se trate de uma barbárie ligada ao máximo de civilização. (...) [Hoje] já não é admissível a um general vitorioso mandar fazer inscrições dizendo que construiu uma pirâmide com as cabeças dos inimigos mortos, ou que mandou cobrir as muralhas de Nínive com as suas peles escorchadas. Fazem-se coisas parecidas e até piores, mas elas não constituem motivo de celebração.” Antonio Candido [“O direito à literatura”. In: Vários escritos. São Paulo/Rio de Janeiro: Duas Cidades/Ouro sobre Azul, 2008, p.170-171].

“Pelos nossos mortos nenhum minuto de silêncio, mas uma vida inteira de luta”.
     "De um lado, muitos Josés, Marias, Adelinos, Hereniltons, Marcos, lutando para preservar o que ainda resta das nossas matas, contra o contrabando de madeira, a produção ilegal de carvão, a concentração de terras. São indígenas, quilombolas, pomeranos, Sem Terra, ribeirinhos, pescadores, que muitas vezes precisam expor suas vidas, já que o que defendem não corresponde aos interesses econômicos e hegemônicos do país. Interesses esses que são defendidos pelos ruralistas, pela direita, pelo capital, sujeitos capazes de destruir não só a floresta, mas a vida humana.
      Choramos quando vemos árvores atrás de árvores sendo derrubadas. Mas é difícil dizer o que sentimos quando pessoas são mortas por defenderem a vida. Atos bárbaros como esse despertam forte indignação. Jamais poderíamos permitir que acontecessem, e jamais podemos achar natural e nos calar.
Se contra nossas palavras, nossas denúncias, nossos gritos que reclamam justiça; se contra nossas ações, que, por defenderem a vida, dizem – chega a destruição do planeta – gerada pelo desmatamento, pela poluição, pela destruição das nossas riquezas, e causado pela ambição do homem; se contra tudo isso não há argumentos racionais, eles tentam nos calar roubando a nossa vida.
     Mas nós somos povo, somos muitos, temos força, continuaremos levantando as nossas bandeiras, e não deixaremos passar em vão a morte de cada trabalhador e de cada trabalhadora que lutar contra esse sistema que nos maltrata de tantas formas, de todas as formas possíveis.
     Não ficaremos em silêncio, nossa vida é luta."
(Palavras de Carina Adriana Waskievicz, educanda hoje graduada da primeira turma do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UnB, em parceira com o Instituto Técnico de Pesquisa e Capacitação da Reforma Agrária (ITERRA)

MANIFESTO DE EDUCADORES E ESTUDANTES CONTRA A VIOLÊNCIA E A MORTE NO CAMPO BRASILEIRO: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N10898





Brigada Semeadores (MST-DF/Entorno) apresenta intervenção a partir da peça Mutirão em Novo Sol no Instituto Federal de Brasília - IFB (março de 2011)



CANÇÃO DO ARRANCA CAPIM COLONIÃO
                                                             Mutirão em Novo Sol
Arranca, arranca, arranca...
Arranca o capim
Arranca o capim
Arranca o capim
Colonião

Basta de sim
Chegou enfim
A hora do não
Chegou a hora
De gente ser gente
Da fome acabar 
Que a terra não mente
Responde à semente
Se a gente plantar 
Tornando bem forte a união 
Chegou a hora
Da casa do pobre
Ser pouca mas pobre
De ter a palavra
O homem que lavra
Do amor sendo nosso
Ser nossa também a canção

Chegou a hora
Da gente ser livre
Sou eu quem labuto
É meu o produto
Sou eu quem opino
É meu o destino
É nosso bem nosso esse chão

Arranca o capim
   Arranca o capim...





 "Se é assim, agora começa a nossa verdadeira luta, pensada e resolvida. Aqui começa nossa união. Que a vontade de todos seja a vontade de cada um, que a força de cada um seja somada à força de todos. Sabedor de sua vida e de sua justa vontade, o lavrador de Novo Sol decide, e a decisão de todos é não reconhecer mais o coronel como dono destas terras. A decisão é arrancar capim Colonião. Falei por todos?"
(Mutirão em Novo Sol - 1962)





"Este tribunal considera as provas de culpabilidade do réu como decisivas e finais. Que todos se levantem para ouvir a sentença. O réu, Roque Santelmo Filho, é condenado a pena de prisão por tempo indeterminado, até que, em processo ordinário, seja apurada sua inteira responsabilidade. Entretanto, os poderes especiais deste tribunal oferecem ao réu o direito de reconquistar sua liberdade. Para isso, Roque Santelmo Filho, como líder dos revoltosos, terá de convencer os lavradores a suspenderem a arranca do capim e abandonarem imediatamente as terras da fazenda Cova das Antas. O réu prefere a prisão ou a liberdade?"
(Mutirão em Novo Sol - 1962)

"Este tribunal adverte que a sentença agora proferida não põe fim à série de medidas que o Governo da província tomará para pôr termo à agitação. As forças militares se aproximam e serão mobilizadas caso a arranca do capim não for suspensa. Quanto às terras de propriedade de Porfírio Matias, os lavradores terão que abandoná-las. E para isso o governo tomará as medidas que julgar necessárias..."
(Mutirão em Novo Sol - 1962)





FIM
RECIFE – 1962
DIVISÃO DE TEATRO
MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR
MUTIRÃO EM NOVO SOL
                                              

Montagens da Brigada Semeadores e TERRAemCENA 
(2011)






Nenhum comentário: