INTEGRANTES

O Coletivo Terra em Cena é uma articulação de coletivos de teatro e audiovisual que atuam em comunidades da reforma agrária e quilombolas e em meio urbano. É composto por professores universitários da UnB e da UFPI, e da rede pública do DF, por estudantes das Licenciaturas em Educação do Campo da UnB e da UFPI/Campus de Bom Jesus e por militantes de movimentos sociais do campo e da cidade. O Terra em Cena se configura como programa de extensão da UnB, com projetos de extensão articulados na UnB e na UFPI, e como grupo de pesquisa cadastrado no diretório de grupos do Cnpq. Um dos projetos é a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF (ETPVP-DF) que integra a Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político e Popular Nuestra America.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Mesa com professores da Secretaria de Educação do DF debateu experiências de ensino de teatro na escola


No dia 20 de abril de 2023 a disciplina Oficina Básica de Artes Cênicas, da Licenciatura em Educação do Campo da UnB, recebeu no campus de Planaltina três professores da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Melissa Naves, Adriano Duarte e João Batista, para uma mesa sobre o ensino de teatro na escola. Em comum, os três têm em seus processos de formação o Mestrado Profissional em Artes. Melissa e Adriano defenderam dissertações de mestrado sobre experiências que desenvolveram, de formação de grupos teatrais nas escolas em que atuam, respectivamente, a Escola Parque Anísio Teixeira (EPAT), situada em Ceilândia, e o Centro de Ensino Fundamental 316, de Santa Maria. João Batista está cursando atualmente o mestrado no Profartes e sistematiza a experiência de ensino de quase três décadas de trabalho teatral na sala de aula.

Das ricas experiências compartilhadas podemos extrair alguns elementos para a reflexão que desenvolvemos no Terra em Cena sobre o trabalho teatral em escolas e comunidades, a saber:

                        – a compreensão que o espaço do trabalho com teatro na escola não precisa se restringir ao ambiente da sala de aula, ou seja, pode se expandir para toda a escola, e nos territórios camponeses e quilombolas, pode se alargar para a comunidade;

                        – as possibilidades de interface entre o trabalho teatral com outras linguagens artísticas, seja como ponto de partida como a montagem de obras literárias de diversos gêneros, seja como parte do processo de montagem, como a música, o audiovisual e as artes visuais;

                        – o teatro como arte sensorial: a importância do processo de estimulação dos sentidos direcionados para a formação estética dos estudantes, como recursos não apenas direcionados para a construção de peças, mas por meio de exercícios, jogos e vivências em espaços fechados ou abertos em que os cinco sentidos humanos possam ser estimulados;

                        – a necessidade do teatro reconhecer a história da comunidade, da escola, do território, e dialogar com as questões desses espaços, buscando fortalecer a conexão com as pessoas e comunidades;

                        – a conexão com a realidade: o teatro precisa estar atento aos temas da conjuntura, e pode dialogar com eles estabelecendo elementos de mediação entre ficção e realidade, seja nos exercícios de laboratório, seja na construção de cenas e peças.

            Essa iniciativa de aproximação de professores que trabalham com processos coletivos nas escolas faz parte da estratégia do Terra em Cena de fortalecer uma rede de produção e circulação dos trabalhos teatrais de coletivos. Em breve deveremos receber no teatro Augusto Boal, da FUP, as novas montagens dos grupos coordenados pelos três professores que recebemos para o debate sobre ensino de teatro nas escolas.

Rafael L. Villas Bôas

Professora Melissa Naves e Professor Adriano Duarte


 professor João Batista
                                                   
 Professora Melissa Naves
                                                       

 

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