Como se indignar contra a desigualdade, contra a fome, contra o autoritarismo, a criminalização da luta popular, quando a indústria cultural produz em larga escala padrões de naturalização da barbárie e da violência? Como combater quando a concentração dos meios de produção e divulgação suprime a possibilidade da representação da classe trabalhadora por si mesma, representando seus dilemas, e propondo soluções para eles? Historicamente, o combate desigual no âmbito da produção dos bens simbólicos estimulou o desenvolvimento de formas de luta contra-hegemônicas pelos coletivos da classe trabalhadora. Esse fenômeno continua existindo e a Brigada de agitprop do MST Carlos Marighella é expressão desse fenômeno. As intervenções da Brigada tomam a matéria de nosso tempo histórico como pauta e os recursos técnicos e estéticos empregados procuram meios de incidir no debate político, a partir da representação do ponto de vista dos debaixo, do preço da comida e do combustível que extrapola as condições de sobrevivência, da fome, do desemprego, da indignação contra a manipulação e violência de nossa elite rentista e entreguista. Temos nos vídeos aqui reunidos bom exemplo de como resistem e se adaptam ao nosso tempo as formas de agitação e propaganda.
Composição do Terra em Cena
O Coletivo Terra em Cena é uma articulação de coletivos de teatro, audiovisual e artes visuais que atuam em comunidades da reforma agrária, quilombolas e em meio urbano. É composto por professores universitários da UnB, da UFSJ, da UFSC e da UFVMJ, da rede pública do DF, por estudantes da Licenciatura em Educação do Campo da UnB e por militantes de movimentos sociais do campo e da cidade.
O Terra em Cena se configura como Programa de Extensão da UnB, com Projetos de Extensão articulados na Faculdade UnB de Planaltina (FUP) e como grupo de pesquisa cadastrado no diretório de grupos do Cnpq.
Um dos projetos é a Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF (ETPVP-DF) que integra a Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político e Popular Nuestra America.
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